Os marginais, atualmente, têm-se utilizado dos mais diversos ardis para entrar nos condomínios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra seus moradores.
O que vem chamando atenção são os fatos ocorridos na cidade de São Paulo, ultimamente, onde ladrões, menores de idade, se passam por condôminos ou mesmo parentes de moradores para invadirem os prédios e cometerem o assalto.
A última matéria foi veiculada da seguinte forma:
Garotos entre 11 e 15 anos se especializam em furtos de apartamentos em SP
A Polícia Civil estima que até 40 meninos participem dos furtos. No último deles, os jovens levaram cerca de R$ 50 mil reais em produtos .Eles escolhem bem o alvo e monitoram o movimento na portaria. Bem vestidos, não despertam a suspeita dos porteiros e conseguem entrar normalmente nos edifícios, como se fossem moradores. Em alguns casos, fazem amizade com outras crianças do prédio. São garotos entre 11 e 15 anos, de classe média, que já ficaram conhecidos da polícia. Com uma chave de fenda, arrombam a porta do apartamento, que está sempre vazio, levam os objetos de maior valor e deixam o prédio tranquilamente.
Fonte: Portal CBN.
Diante do exposto, é importante saber que o porteiro deve ser muito bem orientado que antes de tomar atitudes para liberar entrada de qualquer pessoa ao prédio, deve certificar-se, realmente, quem é, e quem está autorizando a liberação.
Não podemos nos esquecer de que o colaborador da portaria deve se esforçar para conhecer todos os moradores e ter em mente que ele não pode abrir o portão, para quem quer que seja, sem a devida identificação e com certeza se é condômino, podendo este ser criança, adolescente, mulher, idoso, bem ou um vestidos.
Cabe lembrar, também, que, dessa forma, se não houver autorização expressa do morador, a comunicação fica vulnerabilizada e sem a devida credibilidade, e, portanto não se devem abrir os portões.
Para tanto, a portaria deverá manter um cadastro atualizado de todos os condôminos servindo como fonte de consulta para os porteiros a fim de estes contatarem diretamente com os moradores, onde a outra parte se diz parente de morador, sem que haja a devida confirmação e veracidade do fato.
É necessário que os condomínios invistam em sistemas de controle de acesso automatizados e de alta tecnologia onde tenham dados e fotos de moradores, empregados domésticos e características completas dos veículos.
Fora isso, deve-se tomar algumas precauções nas entradas dos condomínios, iniciando-se pela identificação de toda e qualquer pessoa estranha que queira entrar no prédio, isso do lado de fora dos portões, perguntando-lhe o nome, com quem gostaria de falar além de indagar qual apartamento irá visitar.
Feito isso, deve-se, obrigatoriamente, entrar em contato com o morador, verificando a possibilidade de este recebê-lo, ou não. Sendo autorizado dever-se-á franquear a entrada do visitante, cadastrando seus dados em livro próprio, ou ainda no sistema informatizado, liberando sua entrada.
Os funcionários de portaria devem ser conscientizados que nunca podem abrir os portões sem a autorização expressa do morador, do zelador ou mesmo do gerente predial.
Todas estas dificuldades estão intimamente relacionadas com a falta de qualificação destes profissionais visto que muitos síndicos acham desnecessário gastar-se com cursos específicos, buscando-se uma especialização dos funcionários.
Agindo-se preventivamente e com conhecimento, é que se poderá minimizar esses riscos e dificultar o acesso dos ladrões que querem se aproveitar das vulnerabilidades e fazer os condomínios vítimas de suas artimanhas.
(*) JOSÉ ELIAS DE GODOY é especialista de Segurança em Condomínios e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.Fale com ele pelo e-mail elias@suat.com.br